Quando o Teste de Reação atrapalhou um amigo numa mesa de Yoshiro RPG


Foi com Anne que meu amigo perdeu a oportunidade...


Dentre muitos anos, Yoshiro RPG rendeu muitas histórias hilárias e que de tempos em tempos, sempre lembramos e rachamos o bico. E grande parte dessas tramas eu faço questão de registrar aqui - para que mais pessoas possam se divertir também. A história de hoje foi um fato bem simples, que aconteceu ainda na época do sistema de regras antigo - acho que foi por volta de 2008 ou 2009 se não me falhe a memória.

Em Yoshiro RPG existe uma regra chamada de Teste de Reação. Funciona da seguinte forma: em certas ocasiões, devido a ação de um jogador a um NPC - em vez do Mestre escolher livremente como o personagem-não-jogador irá interagir, deixamos na conta dos dados. O jogador os joga na mesa e de acordo com o número tirado seguido de uma tabela, o Mestre anuncia a reação do NPC. Isso deixa o jogo muito dinâmico pois nem mesmo o Narrador vai saber a reação do outro personagem - sempre interpretando de acordo que caiu nos dados.

Se a pessoa faz algo que o NPC não gosta ou não suporta, os números dessa rolagem receberão redutores, enquanto se for o contrário ou aconteça algo que faça as pessoas gostarem do personagem, ele receberá bônus. (Acho que você já deve ter entendido, não é mesmo?). Nossa trama envolvia kansarianos da Ordem GK que receberam um pedido de Anne, a Sacerdotisa Guardiã da Natureza.

E enquanto o resto do grupo entrava no castelo para se encontrar com a religiosa, meu amigo Maicon quis que seu personagem aparecesse como príncipe encantado. Como GK, ele pertencia a uma classe do clã chamada Cavaleiro Arcanjo, que eram Guardiões que recebiam cavalos celestiais como companheiros. Então, para impressionar a sacerdotisa (principalmente sabendo quem se tratava), vai que o cara chamou seu velho amigo Maylow (sim, esse era o nome do cavalo dele) e ao monta-lo, voou logo para a torre principal e como um príncipe dos céus, entrou no local com muita glória, chamando a atenção de todos no local.

Sua entrada foi tão triunfal que sabia que imediatamente, faria Anne se derreter por ele. Logo, ao jogar a reação, ofereci um bônus de +50%! Ou seja, as chances de ganhar uma namorada elfa eram quase que certa já!

Vamos uma rápida explicação: o Sistema de regras usada em Yoshiro trabalhava com porcentagens. Ou seja, se o jogador tinha 40% de chances, ele deveria rolar um 1d100 e tirar um número igual ou menor a % testada (não um dado de cem lados, mais sim, dois dados de dez lados - sendo que um representaria a dezena e o outro, a unidade). Porém, os testes de reações eram diferentes. Eles definiam claramente as reações das pessoas. Ou seja, enquanto porcentagens iguais a 10% ou 15% eram horríveis, uma 75% pra cima a pessoa em questão acharia o máximo o que o personagem disse ou fez.

Então, imagina alguém que antes de rolar os dados, já tinha 50% já adicionado ao resultado? E nessa premissa, o meu amigo rolou os dados empolgação e sabe o quanto ele tirou? 01%! Isso mesmo! No dado da dezena caiu zero e no da unidade, um! Meus parabéns!!!

Após muitas risadas, meu amigo teve sua entrada triunfal e todos ficaram empolgados. Mas um resultado 51% no total, só fizeram Anne ter um RESPEITO COMUM com ele, sem nenhuma outra intenção a não ser que ele faça a missão.

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